Beija-me agora?
Os lábios usados para beijar!
Os lábios (superior e inferior) são as bordas de mucosa que revestem a boca humana. São uma semimucosa.
Sua cor, largura e formato variam de acordo com a etnia(subespécie ou raça) e as características genéticas particulares herdadas dos ancestrais. Pessoas negras tendem a ter lábios mais grossos e largos do que as de raça branca e amarela. A parte côncava em cima da boca que a maioria das pessoas tem se chama arco-do-cupido, e tem mais um valor estético do que funcional(embora ajude muito na seleção sexual dos genes, o que o torna mais funcional do que estético na natureza prática).
Algumas tribos da África sub-saariana e das Américas furam os lábios inferiores para introduzir uma argola. Esse costume é tido como algo de muito valor estético, um adorno para embelezamento. Em muitas dessas tribos, as mulheres sem argolas são preteridas às que as possuem. A perfuração do lábio se dá geralmente por volta no fim da infância.Um beijo (do latim basium) é o toque dos lábios com qualquer coisa, normalmente uma pessoa. Na cultura ocidental é considerado um gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida. O beijo nos lábios de outra pessoa é um símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual - neste último caso, o beijo pode ser também noutras partes do corpo, ou ainda o chamado beijo de língua, em que as pessoas que se beijam mantêm a boca aberta enquanto trocam carícias com as línguas
Os mais antigos relatos sobre o beijo remontam a 2500 a.C., nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Diz-se que na Suméria, antiga Mesopotâmia, as pessoas costumavam enviar beijos aos deuses. Na Antiguidade também era comum, para gregos e romanos, o beijo entre guerreiros no retorno dos combates.
Era uma espécie de prova de reconhecimento. Aliás, os gregos adoravam beijar. Mas foram os romanos que difundiram a prática. Os imperadores permitiam que os nobres mais influentes beijassem seus lábios, e os menos importantes as mãos. Os súditos podiam beijar apenas os pés. Eles tinham três tipos de beijos: o basium, entre conhecidos; o osculum, entre amigos; e o suavium, ou beijo dos amantes.
Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva ao final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro. Na Rússia, uma das mais altas formas de reconhecimento oficial era o beijo do czar.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, era obrigado a casar imediatamente. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos, é utilizado como cumprimento ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova da paixão.
Mas é também um sinal de reverência, ao se beijar, por exemplo, o anel do Papa ou de membros da alta hierarquia da Igreja. No Brasil, D. João VI introduziu a cerimônia do beija-mão: em determinados dias o acesso ao Paço Imperial era liberado a todos que desejassem apresentar alguma reivindicação ao monarca. Em sinal de respeito, tanto os nobres, como as pessoas mais simples, até mesmo os escravos, beijavam-lhe a mão direita antes de fazer seu pedido. Esse hábito foi mantido por D. Pedro I e por D. Pedro II.
Beijos na arte
Cinema
- 1927: O primeiro filme vencedor do Oscar de melhor filme, Wings (Asas), também foi o primeiro filme (de que se tem registro) a mostrar dois homens beijando-se. Trata-se de um beijo na face, entre dois grandes amigos, os personagens Jack Powell e David Armstrong, no momento em que esse último estava à morte, ferido em batalha aérea. O beijo foi apresentado de forma fraternal, absolutamente não-sexual e não-erótica.
- 1942: O filme Casablanca emocionou audiências do mundo inteiro com a cena do beijo de despedida que o personagem de Rick (Humphrey Bogart) dá em Ilsa (Ingrid Bergman).
- 1953: O filme From Here to Eternity (A Um Passo da Eternidade) apresentou uma das cenas mais reconhecidas de beijo da história do cinema: a que ocorre entre as personagens de Burt Lancaster e Deborah Kerr enquanto estão deitados na areia da praia.
- 1955: No filme de animação da Disney Lady and the Tramp (A Dama e o Vagabundo), enquanto os personagens-título comem um macarrão espaguete simultaneamente, de lados opostos, seus lábios se encontram no meio.
- 1967: O filme Guess Who's Coming to Dinner (Advinhe Quem Vem Para Jantar) causou furor por mostrar o relacionamento de um bem-sucedido médico afro-americano (Sidney Poitier) e uma garota branca da classe média alta (Katharine Houghton). Em uma das primeiras cenas do filme, os dois personagens beijam-se num táxi que pegam ao sairem do aeroporto.
- 1989 Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore, presta, na sequência final, uma homenagem ao beijo no cinema. O projetista Alfredo (Philippe Noiret) deixa de herança para seu amigo e auxiliar Salvatore (Jacques Perrin) um rolo de filme onde estão montadas todas as cenas de beijo (e algumas de nus) que haviam sido cortadas pelo padre de localidade, pois os cinemas da Itália, pertenciam, em sua maioria, à Igreja.
- 1992: A partir desta data são entregues anualmente os MTV Movie Awards. Dentre as categorias dos prêmios está a de melhor sequência de beijo, cujos primeiros premiados foram Anna Chlumsky e Macaulay Culkin pelo filme My Girl (Meu Primeiro Amor).
- 2002: Numa das principais cenas do filme Spider-Man (Homem Aranha), o personagem-título (Tobey Maguire) beija Mary Jane (Kirsten Dunst) de cabeça-para-baixo.
- 2005: O filme Brokeback Mountain causa furor em praticamente todos os lugares do mundo em que foi lançado. A cena em que Ennis (Heath Ledger) reencontra Jack (Jake Gyllenhaal) pela primeira vez em anos, e se beijam logo imediatamente, é uma das mais lembradas. Acabou por levar um MTV Movie Award de melhor sequência de beijo.
História do beijo...
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