Uma lenda Indigena

Uma lenda indigena

 
E assim o velho poeta ao rever seus rabiscos,
Em antigos escritos e lendas indígenas,
Encanta-se com a índia Ajuruena, bela,
Impar em seus encantos, entranha-se na mente,
Não diz o que sente, mas sente, não mente
Invadido que está por este belo nome indígena,
Que traz na leveza da escrita, uma bela mulher,
De uma bela tribo, onde o Poeta se enxerga, se hospeda,
E assim como de costume, se apresenta à esta tribo
E nos rituais de apresentação, quem lhe recebe, deusa,
Divina, Ajuruena, a mais bela entre as mais belas,
E o poeta entre ritos e cantos, se encanta e canta,
Como a se ver em seu próprio lugar, abençoado,
Maravilhado se faz, a beleza rústica e estonteante,
Da musa que lhe dá achego, que lhe faz as honras da chegada,
E como a viajar no tempo se vê armado de arcos e flechas,
A defender seu desejo, a vislumbrar a Vitória,
A descansar em glorias, a namorar sua anfitriã,
Tão perto, ali, tão longe, será que sonha o Poeta?
Mas o aroma brejeiro da morena tão linda,
Invade-lhe a alma, toma seu corpo,
Embaralha seus sentidos, te faz prisioneiro, livre,
Leve que sente, o ar que lhe traz, aroma e perfume,
Ajuruena, Deusa da Paz, inspiração do Poeta,
Como se fosse possível, tocar sua pele, sentir seu olhar,
A olhar-me de lado, como a evitar o que ali já se previa,
Um belo sorriso, tímido, intuitivo, provocante,
Amar, amor, pensamento que invade a mente e o coração,
Do poeta, da indígena, Ajuruena, flor da mata,
Anjo dos céus, estrela matutina, agora sonho do Poeta,
Será miragem, cansaço, visão, nada, ela está ali,
Semi desnuda, a olhar seu visitante, e o Poeta,
Em arroubos de coragem, se achega, tão perto,
Que quase consegue lhe tocar os lábios, mel,
Acariciar-lhe os cabelos longos, de novo o perfume,
Como a levemente adocicar o ar, raro, rarefeito,
Arfando no peito um coração, dois corações.
A declamar-lhe poemas. Desconexos, sem rima e versos:
olhar seus olhos,
sentir seu jeito,
beijar-te o rosto,
ver que quando fechas os olhos, leio teus pensamentos,
desejas, não diz, lhe seca a boca,
respiras forte, coração que bate,
no mesmo compasso acerado,
o peito arfando
olhos de desejo e paz,
beleza indomita, serena,
a querer, a ser desejada,
a pedir e recusar,
abrindo um sorriso meio sem graça,
como a convidar-me,
a abraça-la forte, bem forte,
fitar-te profundo, como a...
querer desvendar-te a alma.,
querer sentir seus sentidos
respirar seu ar, tão proximo, e o desejo
de ter, de ser seu , de amar,
e de tão proximo chego a ponto de sentir o que respiras,
so restando ao poeta, assim meio sem jeito,
beijar e beijar tua boca linda,
num misto de prazer e desejo,
sequioso, dos teus lábios,
dependente de seu amor....

E assim o velho poeta se achando em sonhos,
Acorda em cântaros, deitado na relva,
Corpos cansados, Ajuruena e o Poeta,
Negando o sonho, bendizendo o Amor,
Que...... ali......se fez....maior......
(Edson Costa) 27/01/2011

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