GIRO CIÊNCIA





Abelhas, como os homens, evitam tomar decisões quando não possuem informações suficientes para resolver um problema. Pesquisadores da Universidade Macquarie, na Austrália, avaliaram a capacidade que elas têm em aprender uma regra, colocá-la em prática e encontrar soluções para cenários em que algo mudou. Mesmo com uma boa recompensa, as abelhas optavam por abandonar um teste muito difícil logo no começo. Elas apenas encaravam o desafio quando estavam certas de que seriam bem-sucedidas.

O Alzheimer é causado pelo acúmulo das proteínas tau e beta-amiloide no cérebro. Formando intrincados emaranhados, prejudicam o funcionamento neural. Embora terapias consigam retardar a evolução do problema, a doença não tem cura. Mas cientistas da Universidade Técnica Chalmers, na Suécia, podem estar perto da solução: a equipe afirma que é possível distinguir proteínas benéficas das maléficas usando uma técnica de laser, que destrói as toxinas sem afetar o tecido saudável.

A Índia lançou a sua primeira missão a Marte. Se bem-sucedida, será a quarta nação a ‘visitar’ o planeta vermelho, seguindo Rússia, EUA e a Agência Espacial Europeia. A nave, lançada da ilha de Sriharikota, ficará orbitando a Terra pelos próximos 20 dias para realizar uma série de manobras antes de percorrer 400 milhões de quilômetros, em 300 dias, para chegar ao local de exploração. O país, que enviou em 2008 sua primeira sonda lunar, deseja começar em 2016 uma missão espacial tripulada.

Nenhum mamífero é mais esquisito que o ornitorrinco. Embora pareça uma junção de vários animais, fósseis indicavam que sua linhagem era pura: uma única espécie dominando a Terra 'desde sempre'. Mas um artigo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology descreve uma nova – e gigante – espécie extinta, que ramifica sua árvore genealógica. O Obdurodon tharalkooschild, como foi chamado, tinha dentes, um metro e viveu entre 5 e 15 milhões de anos atrás.

Uma em cada 5 estrelas como o Sol possui um planeta do tamanho da Terra e com temperatura favorável à vida. É o que concluíram pesquisadores da Califórnia e Havaí, baseados em dados coletados pelo telescópio Kepler. Embora o resultado seja surpreendente, cientistas são cautelosos: planetas em zonas habitáveis, o que significa que eles recebem entre ¼ e 4 vezes a luz solar que recebemos, não necessariamente são rochosos ou possuem atmosferas propícias à criação de moléculas de DNA.

Cérebros de idosos que tiveram aulas de música quando crianças, mesmo que não tenham tocado nenhum instrumento por décadas, respondem mais rápido ao som da fala do que pessoas sem base musical. A habilidade, importante para interpretar o que outra pessoa diz, é inevitavelmente comprometida ao longo dos anos. Mas em indivíduos ‘musicais’, o processo é mais lento, conforme mostrou uma pesquisa realizada pela Universidade Northwestern, nos EUA.

Pesquisadores do King’s College London, no Reino Unido, anunciaram o 1º teste capaz de prever pré-eclampsia, doença gestacional em que após a 20ª semana a gestante desenvolve hipertensão. Não há cura, e o parto deve ser realizado o mais rápido possível, tornando o diagnóstico precoce uma vantagem. O exame, que avalia níveis de uma proteína chamada fator de crescimento placentário (PIGF) antes da 35ª semana, pode em apenas 15 minutos dizer se a mulher sofrerá com o problema nos próximos 14 dias.

Falar um segundo idioma também pode retardar a demência. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e o Instituto de Ciências Médicas Nizam, na Índia, mostra que mesmo analfabetos podem ser beneficiados com o bilinguismo, o que significa que o efeito protetor não depende da educação, gênero ou região em que um indivíduo mora. A equipe acredita que diferentes sons, palavras, conceitos, estruturas gramaticais e normas sociais são como exercícios para o cérebro.

Moscas das frutas regulam seus genes antes do sexo com o objetivo de aumentar a defesa contra infecções. Um artigo publicado no periódico Proceedings of the Royal Socienty B detalha o processo de 'imunidade antecipada'. De acordo com pesquisadores, o estudo pode contribuir para o desenvolvimento de terapias para combater infecções, além de aumentar a compreensão sobre doenças autoimunes como o lúpus, em que o organismo responde às ameaças do ambiente de forma muito agressiva.

Uma nova combinação de drogas desenvolvida por pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth, nos EUA, consegue matar células cancerosas do intestino, fígado, pulmão, rins, mama e cérebro quase sem afetar tecidos saudáveis. O composto, de sorafenib e regorafenib, induz a autofagia, de forma que a célula de câncer acaba se auto digerindo. Com os resultados, a equipe planeja agora realizar testes com um pequeno grupo de pacientes para examinar a segurança e a eficácia da abordagem.

Comentários

Postagens mais visitadas