1º MINISTRO - PEDRO PASSOS COELHO - PORTUGAL 2011

Partido do governo perde eleições em Portugal

 

Partido do primeiro-ministro, José Sócrates, é derrotado nas eleições parlamentares portuguesas, vencidas pela oposição conservadora. Socialistas se despedem do governo, após seis anos no poder.

 

O líder da oposição de centro-direita, Pedro Passos Coelho, do Partido Social Democrata (PSD), venceu as eleições portuguesas, realizadas neste domingo (05/06) podendo formar uma maioria no parlamento com seu aliado tradicional, o partido conservador CDS-PP.  De acordo com as projeções de três cadeias de TV,  divulgadas logo após o fechamento das urnas, o PSD conseguiu entre 37% e 42.5% dos votos, contra 24.8% a 30% para o primeiro-ministro, José Sócrates.
Os portugueses foram às urnas para eleger um novo parlamento nacional em meio à pior crise econômica, política e social desde o retorno à democracia, pela Revolução dos Cravos, em 1974. O período de agitação política e financeira começou com a queda do governo socialista em março e levou Portugal a se converter no terceiro país da zona do euro a pedir ajuda financeira, depois de Grécia e Irlanda.
As últimas pesquisas de opinião já previam a derrota do primeiro-ministro socialista, José Sócrates, do Partido Socialista (PS), no poder desde 2005, e a vitória do candidato opositor de centro-direita, o social-democrata Pedro Passos Coelho, do Partido Social Democrata (PSD), que contava, nas últimas sondagens, com 36,6% das intenções de votos, contra 31,1% do PS.
O PSD deve conseguir uma maioria absoluta no Legislativo, através de uma coalizão com os conservadores social-democratas do Centro Democrático e Social-Partido Popular  (CDS-PP), que podem se firmar como terceira força no parlamento, com cerca de 11,6%.  No entanto, até domingo ainda não havia qualquer acordo oficial entre os partidos.
Pedro Passos Coelho


Eleições mais importantes desde 74
"Estas são as eleições mais importantes no país desde 1974", disse o presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso, logo após depositar seu voto na urna, em Lisboa.
No total, cerca de 9,6 milhão de pessoas foram chamadas a votar para eleger 230 deputados para a Assembleia da República.
As pesquisas previam que tanto os comunistas do PCP, combinados aos Verdes na coligação CDU, como os comunistas do Bloco de Esquerda (BE) conseguem retornar ao parlamento em Lisboa, com cerca de 7,4% e 6% dos votos, respectivamente.
As eleições antecipadas foram necessárias depois que Sócrates renunciou em março, após o parlamento ter rejeitado o seu quarto pacote de socorro em apenas onze meses.
Governo minoritário
Sócrates, de 53 anos, levou os socialistas em 2005 ao melhor resultado eleitoral de sua história, conseguindo pela primeira vez uma maioria absoluta. No entanto, após uma série de crises e escândalos que abalaram seu primeiro mandato, o chefe do PS ganhou as eleições de 2009 apenas com 36,5% de apoio, tendo, então, que dirigir o país com um fraco governo minoritário.   
Após o resultado das eleições antecipadas, o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, deverá se reunir com representantes de todos os partidos representados no parlamento para, mais tarde, nomear o novo governante. Estima-se que a formação do novo governo deve durar vários dias, mas é esperado que ele assuma, o mais tardar, no início de julho.
Em julho, Lisboa tem de começar a implementar as novas medidas de austeridade e saneamento, conforme acordo com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que conceram uma ajuda de 78 bilhões de euros em maio. Sindicatos, partidos de esquerda e vários movimentos anunciaram protestos contra estes planos nas próximas semanas e meses.
O desemprego já atingiu um recorde histórico de 12,5% em Portugal. Todos os dias, há protestos no centro de Lisboa, as greves devem aumentar, e os especialistas dizem que o país enfrenta a segunda maior onda de imigrantes dos últimos 160 anos.
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