A SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO




Na semana passada tive a oportunidade de ver mais um caso da chamada Síndrome do coração partido (Miocardiopatia de Takotsubo ou de estresse).
Essa doença ocorre classicamente em mulheres pós menopausadas, que passam por situações de estresse de maneira intensa (ex: morte de parentes, sequestro, brigas familiares, etc...). 




Na maioria das vezes as pacientes chegam com queixas iguais a de um infarto cardíaco e são submetidas a exames que mostram que as artérias do coração estão completamente normais (o contrário do que ocorre no infarto). 
Na Síndrome do coração partido o que acontece é que o estresse gera um descarga de substâncias no coração que acabam fazendo com que uma determinada parte do coração pare de bater gerando dor no peito e podendo resultar até em morte! 

O que chama atenção não é só o fato de se tratar de uma doença incomum na qual a história contada pelos pacientes é fundamental para o diagnóstico, mas principalmente por esta patologia ser uma prova inquestionável da complexa e tão ignorada relação entre a mente e o corpo humano! 


O problema é que cuidamos cada vez menos da nossa mente pois vivemos uma epidemia de ansiedade e estresse, gerada em parte pela revolução tecnológica que transformou as coisas mais banais em urgências que precisam ser resolvidas instantaneamente e em parte por um cultura do "TER" que tem sido sistematicamente enfiada na nossa cabeça, que relaciona felicidade diretamente a dinheiro e nos coloca em uma busca compulsiva por coisas desnecessárias. Se de maneira intensa e aguda o estresse pode fazer parte do coração parar de bater, que estrago ele vem fazendo diariamente e de forma silenciosa em nossa geração?



"Começamos a morrer desde o nascimento mas estamos facilitando as coisas para uma senhora vestida de preto que desfila com uma foice na mão!"
(Dr. Rafael Araujo Pereira Freitas)

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